domingo, 19 de abril de 2015

Canto da pedra que brilha


Por ser de lá que eu não ando sem os pés no chão
Que eu não faço todo dia menos de uma oração
Por ser de lá que eu não deixo de olhar o tempo
Que o vento brilha reluzente em pedras no chão
A pedra no caminho só ergue
Um coração que é de poemas não se esvai
A pedra de Drummond não é só dele
É canto de um povo e esse povo não morre mais 
Por ser de lá que eu me miro em pôr-do-sol
Por ser de lá de onde as pedras sempre brilham
Que eu não respiro, mas não deixo de caminhar
Num desatino nunca deixo de sonhar
Por ser de lá que eu não brinco em conversa mole
Mas o riso frouxo também vem me acarinhar
Por ser de lá é que eu peço todo dia
Pro pensamento não deixar de me avoar

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