sábado, 3 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Trem de chegar ao mundo
Meu canto se despediu, mais uma vez mudou-se o curso dos rumos das águas. Meu canto se despediu... E como disse Cecília, “não sou alegre nem sou triste: sou poeta”. Essa angústia que por vezes me acompanha é mera herança de meu passado amassado no barro, na pedra e no minério. Meu canto se despediu... Não me tornei triste, não me tornei profundamente alegre, me tornei viva. Minhas linhas se escrevem por essa energia vital que me percorre as veias. Num arrepio surdo, numa melodia calada, num batuque discreto, num sorriso no canto da boca a vida me faz sua filha. É só meu esse sorriso arredio, tranquilo, carregado de timidez, cor e som. Meu sorriso é perene porquê me sinto viva, de pé, enraizada numa conexão abissal... Meu sorriso só sabe sorrir! Meu sorriso é agora! Novos cantos já se entoam. Melodias diversas, ainda dispersas, vêm me curar da despedida e recoroar meus olhos jogados ao sem fim do céu azul. Ouço: Apruma o corpo, firma o passo e ergue a cabeça que o trem já vai partir... Próximo destino: o que há de vir a ser! Vejo: Nessa lida de sinas e sonhos meu canto cativo só pode ser o mundo!!! Meus pais já diziam que para o mundo é que me criaram. E eu sei que meu maior amor é por o pé no vento, na imensidão densa e pulsante da vida! É no vento que eu encontro meu chão!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
O SOL DA RESPOSTA
É, acolhedor, ele chegou aqui... beijou-me a nuca e acariciou meus cabelos... Esquentou meu rosto, acordou meus olhos, me abraçou e tratou de abrir mais um cadim as minhas janelas! Choveu fulô, meu amor, e a felicidade veio faceira! Bom mesmo é deixar a felicidade se entranhar na gente... Ela vem num bonde repleto de oferendas: energia vital, doçura, melodia, poesia e prosa! Sim, meu dia se fez ensolarado por completo... e lá fora as fulô me ardia os ói de tanto que aqui chovia!
domingo, 6 de novembro de 2011
Tempoiô, bom dia!
Tempoiô
Façamos um acordo atemporal
Que em arte façamos nascer nossos filhos
Que em nossas cores dancem nossos guias
Conectados, pele e mente, num gozar espiritual
Dos prazeres invencíveis às melodias ancestrais
Façamos... Compartilhemos o giro da vida...
Das vidas que bem vindas trazem o mais
Que nos elementos de sua natureza brotem nossos instintos
Que nossa consciência seja e esteja plena
Que na serenidade de nossa firmeza não nos esqueçamos de olharmos um ao outro
Com todas as contas de nossa proteção seguiremos entranhados
Veja que está em meu olhar, Tempoiô
Ao lado de todos os sons que me respiram
Seguiremos em iluminada contemplação
Tempo, tempo, tempo, tempo...
No pulsar da sua sábia e leve experiência
Voaremos num acordo atemporal!
domingo, 30 de outubro de 2011
Janela Indiscreta
Meus olhos são meu espelho, dizem tudo de mim... Janela escancarada que fala por mim, instiga, faísca, revela, inquieta, queima, nega, captura e transparece os meus variados eus!
E quando tem de dizer do triste eles também dizem, também mareiam num chorar com ou sem lágrimas... E quando tem de dizer do efêmero eles também dizem, também mareiam num chorar com ou sem lágrimas... E quando tem de dizer do belo eles também dizem, também mareiam num chorar com ou sem lágrimas... E quando tem de dizer de outros olhos... eles se calam... num esperar redundante ou numa vontade de tirar o fôlego de todos os signos contidos no olhar de meus olhares. (!!!)
sábado, 11 de junho de 2011
De chegada em canto
Xauê Babá! Laroiê!
Abro meu caminho de peito aberto
Pouso...
Coração escancarado
Sorriso discreto no canto da boca
Carregando sina na sola dos pés
Tenho...
Olhos de abraçar o mundo
E imanente desejo de mudança entre os dentes
Chego serena
Pedindo licença, “licençada” está
Sigo...
Luzes daqui levo comigo
E de mim também deixo
Com as vestes de meu rei venho e volto!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Canto da casa de cada um
Palavras perdem-se ao vento,
Mas em mim só se fazem entranhar.
Me impressiona como e de tal forma escritos de tamanha longevidade
Tornam-se em meu peito tão contemporâneos,
Como se tivesse eu mesma a parir letra por letra no exato momento em que os leio.
E os tomo pra mim – MEUS!
Como são meus irmãos todos os poetas, loucos, artistas, sonhadores...
E todos aqueles que carregam uma tristeza misteriosa no olhar, palavras poucas na boca e um sorriso no canto do olho esquerdo.
Minha nostalgia chora a casa toda vez que reencontra os seus...
Saudade é aquilo que já se sabe o gosto e o gozo.
Quem é de terra reconhece o barro!
*
sábado, 26 de março de 2011
ciclos
Desce do sol dos olhos, menina!
Deixa o tempo passear...
Na caminhada torta e ritmada a vida se recicla.
A tempo e ao tempo seguimos...
Quando é de encontro também é sina!
Deixa o tempo passear...
Na caminhada torta e ritmada a vida se recicla.
A tempo e ao tempo seguimos...
Quando é de encontro também é sina!
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Das heranças e algumas sinas
Não sei que melancolia é essa que vem sem quê nem porquê.
Talvez, como disse Drummond, seja mesmo doce herança itabirana... como tantas outras que herdamos sem escolha ou saber.
Um pranto guardado no peito pronto a se soltar a qualquer hora, oportuna ou não.
Uma nostalgia inexplicável que mareia o olhar e não me deixa cair no vazio.
Uma ingênua melodia que me dá um nó na garganta, mas que por tantas vezes adormece meus medos.
Pedra e ferro correndo nas veias.
Herdei e agora são minhas essas esquisitices tantas.
Já não mais grito, tento carregar minha bandeira no silêncio de meus sonhos.
Talvez, como disse Drummond, seja mesmo doce herança itabirana... como tantas outras que herdamos sem escolha ou saber.
Um pranto guardado no peito pronto a se soltar a qualquer hora, oportuna ou não.
Uma nostalgia inexplicável que mareia o olhar e não me deixa cair no vazio.
Uma ingênua melodia que me dá um nó na garganta, mas que por tantas vezes adormece meus medos.
Pedra e ferro correndo nas veias.
Herdei e agora são minhas essas esquisitices tantas.
Já não mais grito, tento carregar minha bandeira no silêncio de meus sonhos.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
De travesseiro e prosa
Passos para lá...
Passos para cá...
Meu coração dá pulos de manhã!
Já não sei se o faz por alegria ou insegurança ou paixão ou ansiedade ou tudo isso.
Borboletas rondam-me a cabeça e o estômago.
E em vez do cantar de passarinhos marretas constroem um novo prédio anunciando o dia!
Passos para cá...
Meu coração dá pulos de manhã!
Já não sei se o faz por alegria ou insegurança ou paixão ou ansiedade ou tudo isso.
Borboletas rondam-me a cabeça e o estômago.
E em vez do cantar de passarinhos marretas constroem um novo prédio anunciando o dia!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Cadência passional
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
ANA
E na sina de caminhadas ela irradia, dá o norte e o gás para mais um dia!
*
Chega um tempo em que o coração pede arrego por tão pouco e toda a saudade que cabe em fotografias não cabe no muito do peito. Chega um tempo em que é preciso driblar pequenas pedras que cismam de cutucar a felicidade e é preciso transformar poeira em sorriso. Chega um tempo em que vinte e quatro horas é um espaço muito curto para tantas palavras, carmas, sonhos e nem mesmo o passar dos anos é tempo suficiente. Chega um tempo em que é preciso ir, simplesmente... E nessa hora minha criôla é meu chão, é meu combustível! Com toda certeza, os olhinhos de luz da minha pequena abrem caminhos e vem nos lembrar que todos os anjos estão ao nosso lado!
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Só mais uma crônica do ir e vir
Na discussão silenciosa qualquer ruído é um sinal de glória e nós tolos esperamos... mas não há! A canção emudeceu, as pregas embargadas de prantos já não podem ressoar. Quão estranhos nos tornamos, quão distantes daquelas mornas manhãs... O amor emudeceu e já não sei mais se mesmo o era ou se um vislumbre de felicidade nos tocou por ora. Quão utópicos nos tornamos, quão previsíveis de nossos próprios enganos. Enfim, mais um passo a frente... agora um pouco mais firme!
Mas de repente, como num relance, pude notar em um pedaço do seu olhar aquela coisa boa que costumava amançar meu coração. Talvez esperança ainda haja... E, se for assim, teremos que reaprender a falar, passo-a-passo o beabá e os grunhidos até acordar a canção.
Meu mole coração calejado de novos sorrisos já nem sabe o que é certo, se é que é preciso saber, se é que o há! O que eu digo aqui é real, ou não, pois que sou dual e tenho fazes que me sangram, me doem e me consolam todos os meses... fazes como a lua! É sina carregar a mudança no ventre!
Mais uma vez: Enfim! São cinco e quarenta da manhã e o relógio já despertou... mais um tatear, mais um passo, mais um dia. Novas descobertas, novos reencontros, novas palavras novas novamente... Esperança ainda há!
Mas de repente, como num relance, pude notar em um pedaço do seu olhar aquela coisa boa que costumava amançar meu coração. Talvez esperança ainda haja... E, se for assim, teremos que reaprender a falar, passo-a-passo o beabá e os grunhidos até acordar a canção.
Meu mole coração calejado de novos sorrisos já nem sabe o que é certo, se é que é preciso saber, se é que o há! O que eu digo aqui é real, ou não, pois que sou dual e tenho fazes que me sangram, me doem e me consolam todos os meses... fazes como a lua! É sina carregar a mudança no ventre!
Mais uma vez: Enfim! São cinco e quarenta da manhã e o relógio já despertou... mais um tatear, mais um passo, mais um dia. Novas descobertas, novos reencontros, novas palavras novas novamente... Esperança ainda há!
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