Ora tenho vontade de escrever ora tenho vontade de chorar...
Não consigo, mas pelo menos chovem mundos lá fora.
Ando triste por aí, remando no mormaço, tentando não ser,
tentando não estar, driblando as partes que me faltam.
Tenho saudade dos pés na areia, da água embalando tudo, dos
sorrisos escancarados e sem autoridade.
Há tanta poeira embaixo dos tapetes, há tanto o que
conversar, mas diálogo convém?
Olhares falam muito, silêncio também.
Silêncio corta ou cura?
A menina me ronda... quero ou não quero? Posso ou não posso?
Tenho escolha? Missão.
O menino me ronda... quero ou não quero? Posso ou não posso?
Tenho escolha? Missão.
Li sobre liberdade em algum lugar, liberdade quebra tabus...
Por que tudo passa por liberdade? Temos alguma liberdade de
expressão?
Minha cabeça borbulha e meu ombro dói, mesmo o peso do meu
mundo sendo dos mais leves. Imagina só...
O silêncio corta ou cura?
Quem vai ganhar as eleições presidenciais?
Quem vai reconstruir os laços e derrubar os muros?
E o afeto vai com quem?
Vai votar em quem?
25 anos: caía o muro de Berlim.
25 anos: e ainda não aprendi a ser criança.
25 anos: cheguei e estou buscando meu eu.
25 anos: tanta gratidão, tanta decepção, tanto perdão a se
dar, tantos sonhos ou nem tantos assim.
2014 é mesmo de Vênus?
Sim, meus textos falam muito de mim (ou do que estou
procurando).
Escrevo a mão para depois queimar.
A arte é como lamparina, sigo na rima.
O silêncio corta ou cura?
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