domingo, 6 de setembro de 2015

Sempre o mar

Nosso amor começou e terminou no mar.
Foi lá, sem nos darmos conta, que ele desaguou com as oferendas pra mãe d’água.
Era fevereiro.
Demorei seis meses para conseguir escrever sobre o que foi esse amor com gosto de sol, amor feito cavalo alado... Hoje: amor transformado.
Foi no encontro do rio com o mar que eu deixei esse amor abrir as portas do meu coração ainda endurecido.
Tanta paz, caminhos longos, mãos dadas... um alento na alma empoeirada.
Já disse, meu bem, seu maior legado em mim é sem dúvida a bondade.
Desse amor levo e quero o bem!
Sim, fomos felizes e selamos nossa união pelo poder da escolha e da verdade.
Pela escolha e pela verdade da felicidade é que, também, nosso amor se despediu... se despediu não, se transformou, é que elo  assentado em fogo não se desfaz.
Olhar pra trás é de mareiar olhar e encher o peito de gratidão.
O sal das lágrimas se faz feito gosto de mar, sempre o mar...
O mar me prega cada peça e meu coração inquieto serpenteia malemolente.
Isso deve ser por morar em minas montanhosas... é engraçado o que é o mar em mim.
Nosso amor se transformou em canto fraterno em um fevereiro melodioso vivido beira-mar.
Hoje aprendi a mergulhar.
Sou grata e as palavras escorrem em meu rosto com amor e gosto de sal.
(Des)carrego!


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