sábado, 5 de setembro de 2015

Negra Rima

Ela é preta
É negra da rima
Carrega seu corpo-estandarte aonde vai
Voz de reação
Chama pra ação
Ela é mulher e grita pelo que quer
Ela é mista
Índia da periferia
Carrega a revolução entre os dentes

A luta ainda não findou
E ela segue protegida

Tem sangue da Dandara
Tem sangue de Mairum
Tem sangue de N'zinga
Carolina, Cora, Pagu

Escreve história nas linhas da lida
A sua luta tem suingue de mandinga
Ginga na canção
Marca geração
Seu corpo é luz e vence a escuridão
Seu riso branco vence qualquer demanda
Ela tem um olhar de flecha certeira
Seu canto é revolução
Faz água brotar do chão

A luta ainda não findou
E ela segue protegida

Tem sangue da Dandara
Tem sangue de Mairum
Tem sangue de N’zinga
Carolina, Cora, Pagu


por Maíra Baldaia e Elisa de Sena

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