Eu estou protegida com as vestes de meu pai, búzios, contas
e fios de prata.
Eu estou desarmada, flor de lótus brotando do barro,
girassol no rastro do sorriso, ventania em movimento, água corrente lavando os
rumos.
Os deuses, todos eles, moram no centro do meu peito
racional, em movimento eles gritam... O berro de luz ecoa em todo canto e em
todo cantar.
É a serenidade que irradia o arco-íris de minha voz, de meu prumo.
Eu não sei ser outra coisa senão arte, senão isso. Do
contrário, não vivo.
Na ponta da espada de meu rei eu danço com a vida, escancaro
minha ancestralidade.
Giro os dias sendo eternamente pé de vento na poeira da estrada.
Eu sou, eu sou, eu sou!
Eu sou a essência divina do eu sou!
Eu sonho, eu sonho, eu sonho!
E nada mais é preciso.
Eu agradeço...
Vai pé de vento!
ResponderExcluirlindo demais!