terça-feira, 22 de junho de 2010

Ás vezes dou de ser poeta

Guardo em meu peito um pouco de música,
Daquele pouco que dói na gente quando é bonito.
Carrego em meu pranto o peso de mil gargantas,
Daquelas que numa só voz ecoam o mundo todo.
Levo em meus olhos um pulsar tão denso e tão profundo,
Como a força mutante das águas de todas as mães.
Em meus dedos, pura identidade!
Em meus pés, caminho torto de pedras e sonhos!
E em meu canto, chama latente a me banhar de cores...
Mistério quase que divino a me suprir e a me aconchegar de mim.



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