domingo, 5 de setembro de 2010

Sóis, Sós

“Estamos cá dentro de nós, sós”
Quantos caminhos percorreremos nessa lida de ser um e ter um só umbigo?
Não sendo só um, mas um só a perambular sob sóis ardentes... Chamas únicas, latentes de tão quentes em sua própria individualidade.
Tantos olhares passam, vagos.
Tantos braços passam, vagos.
Tantos pés passam, como uvas já passadas também.
Tantos segredos se escondem em mim que, desconhecendo, só sei ter sede.
É tanta vida que já nem sei onde deixei se perder aquele punhado de ternura que guardava nas retinas.
Só, sinto saudades.
Só sinto saudades!
Quão longo se fará ainda o caminhar?
Quantos de vocês ainda vão me beijar os olhos e dizer:
“- Dorme, menina, que aqui é sua pousada. Estamos em casa... sem casca e sem lágrimas.”
Em morada verdadeira o sol não é só e eu sou completa.
Então, irradia ‘Babá’ e me nutre dessa luz indescritível que por vezes me faz amor!
(...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário