Na discussão silenciosa qualquer ruído é um sinal de glória e nós tolos esperamos... mas não há! A canção emudeceu, as pregas embargadas de prantos já não podem ressoar. Quão estranhos nos tornamos, quão distantes daquelas mornas manhãs... O amor emudeceu e já não sei mais se mesmo o era ou se um vislumbre de felicidade nos tocou por ora. Quão utópicos nos tornamos, quão previsíveis de nossos próprios enganos. Enfim, mais um passo a frente... agora um pouco mais firme!
Mas de repente, como num relance, pude notar em um pedaço do seu olhar aquela coisa boa que costumava amançar meu coração. Talvez esperança ainda haja... E, se for assim, teremos que reaprender a falar, passo-a-passo o beabá e os grunhidos até acordar a canção.
Meu mole coração calejado de novos sorrisos já nem sabe o que é certo, se é que é preciso saber, se é que o há! O que eu digo aqui é real, ou não, pois que sou dual e tenho fazes que me sangram, me doem e me consolam todos os meses... fazes como a lua! É sina carregar a mudança no ventre!
Mais uma vez: Enfim! São cinco e quarenta da manhã e o relógio já despertou... mais um tatear, mais um passo, mais um dia. Novas descobertas, novos reencontros, novas palavras novas novamente... Esperança ainda há!
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Constatações cotidianas
Nem tudo que se vê é o que o olho diz...
O olhar que nega me renega e o coração ignorante pensa traduzir o equivocado!
O olhar que nega me renega e o coração ignorante pensa traduzir o equivocado!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Sê II
Não!
Não nos afastemos!
Mas, sobretudo, não nos apeguemos!
O muito e o tanto são tão pequenos diante do vasto que transborda em meu coração... Meu grande, livre e traiçoeiro coração que me cabe na palma da mão – assim mesmo: tão démodé e cheio de rimas fáceis.
Tenha os olhos no infinito, pois que tudo aqui enquanto carne é finito.
Tenha coragem, siga em frente... O amor está dentro e independe à poeira que encobre o externo.
Deixa ser... Deixa ver!
Nessa corda bamba só vale ser feliz!
Não nos afastemos!
Mas, sobretudo, não nos apeguemos!
O muito e o tanto são tão pequenos diante do vasto que transborda em meu coração... Meu grande, livre e traiçoeiro coração que me cabe na palma da mão – assim mesmo: tão démodé e cheio de rimas fáceis.
Tenha os olhos no infinito, pois que tudo aqui enquanto carne é finito.
Tenha coragem, siga em frente... O amor está dentro e independe à poeira que encobre o externo.
Deixa ser... Deixa ver!
Nessa corda bamba só vale ser feliz!
domingo, 12 de dezembro de 2010
Primeira carta
Os olhos do sorriso do menino me entrecortam os sentidos, me interrompem a intervalos e cruzam-se às entrelinhas de meu repouso. Olhos quimera a me roubar os findados dias serenos... Frutos da utopia ou sinônimos do muito que habita em nós e só espera?
Entrelaçada aos braços do homem há de se crer que toda forma de ideias está sentenciada à experiência sensível. Sem um quinhão de racionalismo vê-se brotar a sensualidade morna dos dias que virão e que serão... É um caminhar ritmado em uma só cadência. É seguir na mesma direção sem saber do risco ou do riscado.
Sossegado homem, astucioso menino... Ambos a me tirar o sono e a vivificar meus sonhos!
Descoberta, acaso ou desatino? O nome certo desse amor só se lê de peito aberto. E uma vez navalhada a carne, derretida a pele e dilacerados os argumentos estamos docemente destinados a nos ver nos significados um do outro... Designados a um riso nem escancarado nem discreto, mas sim entorpecente.
Então escute, se deixar falar a voz do coração eu vou estar em ti e poderá me ouvir sempre que desejar.
Entrelaçada aos braços do homem há de se crer que toda forma de ideias está sentenciada à experiência sensível. Sem um quinhão de racionalismo vê-se brotar a sensualidade morna dos dias que virão e que serão... É um caminhar ritmado em uma só cadência. É seguir na mesma direção sem saber do risco ou do riscado.
Sossegado homem, astucioso menino... Ambos a me tirar o sono e a vivificar meus sonhos!
Descoberta, acaso ou desatino? O nome certo desse amor só se lê de peito aberto. E uma vez navalhada a carne, derretida a pele e dilacerados os argumentos estamos docemente destinados a nos ver nos significados um do outro... Designados a um riso nem escancarado nem discreto, mas sim entorpecente.
Então escute, se deixar falar a voz do coração eu vou estar em ti e poderá me ouvir sempre que desejar.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Dos sorrisos no canto da boca
É preciso coragem para gozar a felicidade!
É preciso encanto para ser plena, sem racionalizar ou sentimentalizar, puramente ser.
É preciso serenidade para driblar as pedras e fazer das perdas evolução.
É preciso insistência... por o pé na lida, na luta, no corre-corre dos desejos.
É preciso amor para reconhecer os amigos e se emocionar com os olhares.
É preciso recarregar a pilha... pés descalços na correnteza, mãos em terra firme, corpo em brisa.
É preciso matar a sede e seguir em frente para cantar as boas novas.
É preciso sonhar um sonho novo a cada realização para mover moinhos!
É preciso encanto para ser plena, sem racionalizar ou sentimentalizar, puramente ser.
É preciso serenidade para driblar as pedras e fazer das perdas evolução.
É preciso insistência... por o pé na lida, na luta, no corre-corre dos desejos.
É preciso amor para reconhecer os amigos e se emocionar com os olhares.
É preciso recarregar a pilha... pés descalços na correnteza, mãos em terra firme, corpo em brisa.
É preciso matar a sede e seguir em frente para cantar as boas novas.
É preciso sonhar um sonho novo a cada realização para mover moinhos!
domingo, 14 de novembro de 2010
Ir e Vir
Saudade desaguou...
Meu peito pede um samba ou qualquer outra melodia que preencha por ora o espaço vazio. Esse vão imaterial, que mesmo sem ter forma alguma despedaça aquilo que eu julgava ser um forte coração.
Inesperada e sorrateira saudade, como pôde me surpreender assim?
Ai de mim que carrego em meu íntimo algo que sangra, mas que não deixa de pulsar a vida, todos os dias...
Ai de mim que sou tão feliz quando me lembro da sensação mágica que é o retornar...
Ai de mim que sorrio insana com o vislumbre dos olhos seus tocando minhas retinas!
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