quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Experimentando cerejas

Ficou uma melodia entranhada...
É que o céu é grande demais e ele sabe que quero ir.
O peito ficou carregado de saudade...
É que ele me vê, me lê por inteiro e sabe do meu voo.
Tudo é tão raro e tão abissal que me aprumo e mostro minha verdade.
Do meu sonho eu quem sei, mas tenho mãos dadas para a caminhada.
O mundo girou tão rápido que me deu vertigem, enjoei sem parar de caminhar.
Subi nas pedras, deitei nas águas, estremeci com tanta altura, deixei o sol cuidar de mim.
Dancei com a música que me veio, dei e recebi tantas cores, gargalhei com a roda e agradeci.
Sobretudo, me amei tanto que me encontrei e pude ver amor em tanta gente.
Bebemos do brinde, comemos das frutas – todo o sangue, toda a vida – sem temer.
A minha lida é sorrir enquanto tomo chá de coragem e esquento o peito.
Mesmo sem asas, eu voo por aí.
Não sei ser outra pessoa, não nesta vida. Não nesta sina.
Tentei ficar quietinha, mas não deixaram, fui convocada três vezes.
Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de sabedoria, força e vitalidade. Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de humildade, intensidade e leveza. Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de amor, paixão e ternura.
Ouvi a voz de todos eles, estou bem: “Sorria com seu coração de menina”!
Acordo e piso firme no chão: “O dia de hoje vai e há de ser melhor”!

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