sábado, 9 de março de 2013

Por gentileza

Ah, minha opinião eu não vendo não! Tal qual não lhe vendo minha alma - artigo mais abissal de acordo com o léxico que conhecemos. Posso não te apresentá-la, a minha opinião, mas tal qual minha sombra iluminada ela está entranhada em meu olhos, em meus lábios serrados e taciturnos, em minha negra mesticidade, em minha multiplicidade, em meu senso de justiça, em minha essência... Em meu respeito, que ontem era a palavra da vez, ou melhor, que deveria ser de todas as vezes! É que a palavra a ser pronunciada em alto e bom tom é justiça – essa que no meu léxico interior é sinônimo de felicidade. Caminhar é aprender um tanto, há que se sorrir na luta mesmo quando só se pode rir por dentro – olha a profundidade aí de novo.  Agora, mais superficialmente falando, a palavra da vez é verdade e meu osso esterno – aquele que sustenta as costelas e a clavícula formando a caixa torácica que protege o coração, os pulmões e os grandes vasos – dói quando os princípios mais relevantes fogem da livre sinceridade. Risos!!! Na verdade peço desculpas, pois o esterno não tem nada de superficial. Sendo o mais transparente possível, esse texto é um arroto muito arraigado e eu o liberto aqui. Tudo é muito e só nos resta a compaixão – artigo raro tão profundo quanto a alma. Aahhh, minha opinião é minha voz e mesmo muda ela reverbera! É como escreveu o Sr. BB, vulgo Bertolt Brecht, "Minha opinião é o único luxo que tenho." Silêncio?! [ponto final]