terça-feira, 13 de novembro de 2012

Da diária digestão cultural ou pra não dizer que não falei de mim

Pra não dizer que não falei das flores
Eu solto aqui meu canto rouco...
Meu olhar embargado de mistérios tantos.
A lição está no oco mais profundo de nossas mentes.
Logo ali onde o ego não alcança.
Minha tristeza não é efêmera.
E meus sorrisos no canto da boca podem ser mais plenos que sua gargalhada.
Pra não dizer que não falei das flores
Eu solto aqui meu esterno, osso de meu peito aborboletado...
A benção está enraizada do centro da terra ao topo do universo resplandecente
Logo ali onde o ego não alcança.
Minha ternura é discretamente contida
Mas meu amor é um açoite escancaradamente sereno.
Pra não dizer que não falei das flores
Eu solto aqui minhas sinas...
Meu coração é chama
Por mais barro e pedra que me aterrem
Eu sou do fogo e meus sonhos pulsam agridoces.
As certezas estão guardadas no luminoso espaço de minhas vísceras
Logo ali onde o ego não alcança.
Pra não dizer que não falei das flores
Eu me desnudo aqui por inteiro...
Eu me reconstruo e tomo posse de meu caminhar.
Eu sou meu prumo, meu ápice, meu guia.
E por gentileza, não reparem nesse meu disco arranhado.
Meus versos tem se repetido
Como uma melodia atravessada na minha garganta
É que para falar de flores é preciso olhar o mundo e enxergar as pessoas
Ou melhor, perceber nossa própria canção.
Aqui: Eu canto pois que minha voz é semente!

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