sábado, 15 de fevereiro de 2014
Do que nos diz o céu
Eu e Ana
Ana e o céu
Eu e o céu
Nós, olhares, amor
Eu e Ana e o céu e a imensidão
E o que é que indagas quando olha?
Olho que é olho rasga a gente de perguntas...
Um mundo é o que cada um de nós desconfiamos.
E olhando eu e Ana apenas escutamos as cores desse céu sem nuvens a nos perguntar...
Será que o mundo foi riscado ou desenhado?
Ou será que o universo se cumpriu quando Ana me deu a mão?
Quando Ana me deu a mão.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Poésie a trois!
toda poesia foi feita
ora, refazer é a sina
a vida nos peita
poeta musa eleita
enquanto a sorte
sorri e nos espreita
na contramão dos caminhos
entorpecemos telhados nus
[feita por seis mãos, sendo 30 dedos, 3 cabeças e 1 sonho]
De: Maíra Baldaia, Lucas Costa e Cleber Camargo Rodrigues
ora, refazer é a sina
a vida nos peita
poeta musa eleita
enquanto a sorte
sorri e nos espreita
na contramão dos caminhos
entorpecemos telhados nus
[feita por seis mãos, sendo 30 dedos, 3 cabeças e 1 sonho]
De: Maíra Baldaia, Lucas Costa e Cleber Camargo Rodrigues
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Dos aprendizados afins, ventania!
E lá no meio da mata vem meu juntó Pai Oxóssi... Okê!
Com a força das matas ele ajuda seus filhos... Arô!
O meu juntó já foi caça e hoje é o caçador!
Okê Arô!
Pé de vento, com gosto de estrada, com cor de barro amassado, com cheiro de mato molhado, com sede de vida... Na malemolência do sorriso de cada dia, meu juntó me ensina! Okê Arô!!!
sábado, 9 de março de 2013
Por gentileza
Ah, minha opinião eu não vendo não! Tal qual não lhe vendo
minha alma - artigo mais abissal de acordo com o léxico que conhecemos. Posso
não te apresentá-la, a minha opinião, mas tal qual minha sombra iluminada ela
está entranhada em meu olhos, em meus lábios serrados e taciturnos, em minha
negra mesticidade, em minha multiplicidade, em meu senso de justiça, em minha
essência... Em meu respeito, que ontem era a palavra da vez, ou melhor, que
deveria ser de todas as vezes! É que a palavra a ser pronunciada em alto e bom
tom é justiça – essa que no meu léxico interior é sinônimo de felicidade.
Caminhar é aprender um tanto, há que se sorrir na luta mesmo quando só se pode
rir por dentro – olha a profundidade aí de novo. Agora, mais superficialmente falando, a
palavra da vez é verdade e meu osso esterno – aquele que sustenta as costelas e
a clavícula formando a caixa torácica que protege o coração, os pulmões e os
grandes vasos – dói quando os princípios mais relevantes fogem da livre
sinceridade. Risos!!! Na verdade peço desculpas, pois o esterno não tem nada de
superficial. Sendo o mais transparente possível, esse texto é um arroto muito
arraigado e eu o liberto aqui. Tudo é muito e só nos resta a compaixão – artigo
raro tão profundo quanto a alma. Aahhh, minha opinião é minha voz e mesmo muda
ela reverbera! É como escreveu o Sr. BB, vulgo Bertolt Brecht, "Minha
opinião é o único luxo que tenho." Silêncio?! [ponto final]
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Experimentando cerejas
Ficou uma melodia entranhada...
É que o céu é grande demais e ele sabe que quero ir.
O peito ficou carregado de saudade...
É que ele me vê, me lê por inteiro e sabe do meu voo.
Tudo é tão raro e tão abissal que me aprumo e mostro minha verdade.
Tudo é tão raro e tão abissal que me aprumo e mostro minha verdade.
Do meu sonho eu quem sei, mas tenho mãos dadas para a
caminhada.
O mundo girou tão rápido que me deu vertigem, enjoei sem
parar de caminhar.
Subi nas pedras, deitei nas águas, estremeci com tanta
altura, deixei o sol cuidar de mim.
Dancei com a música que me veio, dei e recebi tantas cores,
gargalhei com a roda e agradeci.
Sobretudo, me amei tanto que me encontrei e pude ver amor em
tanta gente.
Bebemos do brinde, comemos das frutas – todo o sangue, toda
a vida – sem temer.
A minha lida é sorrir enquanto tomo chá de coragem e
esquento o peito.
Mesmo sem asas, eu voo por aí.
Não sei ser outra pessoa, não nesta vida. Não nesta sina.
Tentei ficar quietinha, mas não deixaram, fui convocada três
vezes.
Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de
sabedoria, força e vitalidade. Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de humildade, intensidade e leveza. Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de amor, paixão e ternura.
Ouvi a voz de todos eles, estou bem: “Sorria com seu coração
de menina”!
Acordo e piso firme no chão: “O dia de hoje vai e há de ser
melhor”!
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Estou de volta!
Pra seguir na lida tem que seguir sorrindo.
Meu pai me ensinou que a felicidade é uma arma zen e a madre
me aconselhou a seguir alegre na evolução... Eu escolhi!
O riso pode ter a cara que você quiser pintar.
Plante boas energias por aí...
Escolha!
[...]
Estou de volta...
Meu eu sorri discretamente... No canto da boca, sabe não?
Sigo em frente!
Avante que a hora é o agora!
Meu Babá mergulhou fundo para me buscar.
A verdade é que mesmo quando eu não o via ele estava ao meu
lado.
Quanto mais eu subia mais ar amparava minha alma e mais
plena de mim eu me sentia.
Meu Babá veio me lembrar de recordar.
Eu lembrei que sou guerreira do raio branco, me banho de
azul e branco, me alimento de inhame branco.
Minhas ferramentas são a espada, o escudo e o pilão.
Por ora posso guardar o escudo e a espada, não é preciso
defesas nem ataques.
Amasso eu mesma meu destino!
Cubro-me de prata, sigo no progresso dos dias.
Eu sou do ar e do fogo!
Há vida e o amor é livre!
Faz bem me lembrar de mim, sorrio um tanto.
Quando menina eu roubava canjica branca dos santos na casa
de Mãe.
Roubava a canjica e comia...
Fosse hoje, colocaria mel e azeite doce na traquinagem.
Eu sorrio mais um tanto.
Meu Babá me resgatou... O cristal branco está inteiro!
Só se pode, aliás, eu só posso caminhar com determinação e
inteireza de espírito.
“O que te eleva? O que te ajuda a evoluir?”
Ela me perguntou e eu respondi em silêncio.
Estou de volta!
Há vida.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Carta ao verão chuvoso
![]() |
(c) Netun Lima |
Nos dias de outrora o sol era meu chão, meu mundo como dizem alguns.
Não havia um só conflito que não fosse resolvido a dois.
O sol sabe acalentar e abraçar como ninguém.
E permanece.
Nos dias de então descobri prazeres mais graves.
Vieram a mim os dias nublados mais verdes que já vivi.
Aqueles olhos sabem me atordoar como ninguém.
E isso permanece.
No agora estou eu.
Decidida que se for pra ser mundo que seja de mim mesma.
Não há fugas nem defesas.
Há essências complexas demais para se transmutar em uma só
existência.
Guardo em mim tudo o que fui sendo dois...
Guardo o gozo, o tormento, o sol, os olhos, o amor, a calma,
a cor, o desejo, o respeito e o sangue.
Pois que sei: minha melodia não podia ser outra!
Minha carne pulsa a e à vida [...] e meu coração é o músculo que
me move.
Para lhe ser mais clara eu não posso ser quem lhe alimenta,
pois lhe nutrir de mim é fazer-lhe adormecer desejos que ainda faíscam em seu
peito.
Não me roube, não me queira como muleta. Viver é
arriscar-se. Amor é voo desconhecido.
Um desejo reprimido é ferida aberta pra vida inteira ou para
toda uma vida.
Não vamos aumentar os carmas. Vamos viver vivendo.
Desejo é chama, é movimento...
Eu, filha do vento e do fogo, não posso lhe ser a brisa
morna que te sucumbe e reprime.
Uma escolha só é plena quando só se há uma opção. (Percebe?)
E eu escolho a mim!
Escolho a minha sabedoria interna... Meu riso descodificado.
Tenho amor para acordar o mundo.
Esta carta é uma resposta à vida!
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